terça-feira, 7 de agosto de 2012

Banda A Bronkka agride funcionário de hotel em Aracaju


Os baianos estavam na capital sergipana no último fim de semana para uma apresentação na orla de Atalaia.
JornaldaCidade.Net
Wilma Anjos – Da Equipe JC 
A banda de pagode soteropolitana, A Bronkka, armou a maior confusão em passagem pela capital sergipana nesse último fim de semana. O grupo é apontado pelo hotel Riverside, localizado no bairro Coroa do Meio, em Aracaju, como causador de transtornos a clientes, vandalismo em pelo menos dois apartamentos do prédio e ainda agredir fisicamente um dos funcionários com dois socos no rosto.

A gerência do hotel informou que os rapazes se hospedaram sábado à tarde (4) para uma apresentação na cidade, e que, ao retornarem do show, por volta das 5h do domingo (5), fizeram baderna na recepção do empreendimento. O mensageiro Alexandre Nogueira da Silva, de 24 anos, pediu silêncio ao grupo que falava alto, inclusive palavrões. “O vocalista, o Igor Kannário, se irritou e mandou eu me armar. Respondi que não iria brigar no meu ambiente de trabalho. Mas ele continuou com as provocações e me deu dois socos no rosto: um na testa e outro na bochecha”, disse Alexandre à reportagem do JornaldaCidade.Net.
O rapaz prestou queixa na Delegacia Plantonista e o hotel procurou a Delegacia de Turismo, na Orla de Atalaia, para registrar a ocorrência. A gerência prometeu ainda acionar a Emsetur (Empresa Sergipana de Turismo), a fim de que o órgão comunique a toda rede de Sergipe sobre o comportamento dos inquilinos, pretendendo com isso banir a hospedagem deles mais uma vez na capital sergipana.
Segundo os funcionários, os rapazes da Bronkka aparentavam estar sob efeito de entorpecentes no momento da confusão. Garrafas de bebidas alcóolicas e pontas de cigarros e substâncias suspeitas foram encontrados nos corredores do hotel e, dos 14 apartamentos em que estiveram, pelo menos dois ficaram com danos materiais irreversíveis – a exemplo de um aparelho de TV encharcado no chão do quarto. Um buraco no teto foi aberto em um dos banheiros. Copos, pratos e vidros de perfume também foram encontrados estilhaçados. Algumas paredes, segundo informação do hotel, estão com marcas de ponta de cigarro. O que acabou danificando o papel decorativo. Além das avarias no prédio, o hotel disse ainda que teve que lidar com a retirada de meninas menores de 18 anos dentro das instalações – todas convidadas dos pagodeiros. “Somente em um quarto tinha cinco”, disse uma das funcionárias que pediu para não ser identificada, por se sentir intimidada pelos integrantes da Bronkka.
O Riverside anunciou que vai processar a banda. O contato com os músicos baianos a partir de agora se dará através da assessoria jurídica do hotel.
A produtora sergipana que convidou os soteropolitanos para a festa preferiu não se pronunciar sobre o assunto, declarando repudiar o comportamento dos artistas e que não pretende mais inserir o grupo em próximos eventos. Em nota, a produtora dos músicos em Salvador negou qualquer ato de vandalismo de seus integrantes. Quanto à agressão física, a produtora declarou que o vocalista Igor Kannário não se envolveu em nenhuma briga dentro do hotel. Ainda em nota, a produtora defendeu o cantor, declarando que Kannário foi abordado com truculência na área externa do Riverside por um dos funcionários, em uma clara incitação à confusão. Em seu Twitter, Igor Kannário falou da passagem por Aracaju neste fim de semana: "Maior resenha aq na minha suíte em Aracaju eu holly ,peu danadores ramon dormindo fundido lá na minha cama [sic]".
Reincidentes
Os músicos do A Bronkka são conhecidos na Bahia por suas composições polêmicas. Outros episódios conturbados já foram proporcionados pela banda. Durante a micareta de Tabocas do Brejo Velho (BA), em setembro do ano passado, os seguranças da banda agrediram integrantes da comissão organizadora do Tabofolia.  A confusão só terminou com a chegada da polícia. Em 2009, o Conselho Tutelar de Paulo Afonso (BA), baniu a presença dos músicos na cidade, após a exibição de uma adolescente em dança sensual no palco com a banda, durante a micareta Copa Vela. Recentemente o vocalista Igor Kannário se envolveu em um bate-boca com a cantora de Axé, Daniela Mercury. Em entrevista a baiana teria declarado que os integrantes da Bronkka precisavam estudar. Em resposta, Igor postou em sua rede social Twitter, vários xingamentos à Mercury. Dias depois o rapaz pediu desculpas na internet.
Confira nota da produtora na íntegra:
A banda A Bronkka, por meio desta, vem esclarecer sobre os fatos noticiados nas últimas 24 horas em relação às acusações de agressão e vandalismo, ocorridas na cidade de Aracaju, durante estadia do grupo entre o último sábado (4) e a manhã de ontem (5).
Não houve atos de vandalismo, conforme noticiado. A produção da banda reitera que esteve hospedada até o período previsto e realizou o check-out por volta das 10 horas da manhã do domingo (dia 5 de agosto), conforme planejado, tendo verificado as instalações, inclusive do quarto onde estava hospedado o cantor Igor Kannário. Não houve colchão queimado, nenhum móvel foi quebrado ou danificado. Também não haviam drogas no local, como afirmado por alguns veículos.
Com relação à acusação de agressão, não houve discussão em áreas internas do hotel, conforme noticiado. O cantor Igor Kannário, quando voltava do evento que participou, foi interpelado na porta do estabelecimento por um dos funcionários do local, que agiu com truculência, empurrando a cabeça do cantor e colocando o dedo na cara, em tom de ameaça, induzindo-o à briga. Todos os atos foram registrados em depoimento na Delegacia de Aracaju. 
Após deixarem o hotel, funcionários fotografaram de seu celular as condições em que ficaram os quartos. Este é o de número 144, segundo o Riverside. Foto: Divulgação
No quarto 204, funcionários disseram encontrar pontas de cigarro e substâncias suspeitas. Foto: Divulgação
Um buraco foi aberto no teto do banheiro do quarto 141, segundo os funcionários do Riverside. Foto: Divulgação
Vocalista Igor Kannário, da banda baiana A Bronkka. Foto: Divulgação
 

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