terça-feira, 7 de agosto de 2012

Ana Lúcia ainda cobra diálogo com Déda sobre piso dos professores


              Ana: sem jogar a toalha

Por Joedson Telles

O deputada estadual Ana Lúcia (PT) voltou a ecoar os professores na luta para que o diálogo professor x governo do Estado seja retomado. O pleito de ver o piso do magistério ser estendido a todos os professores é a pauta. Sem a presença do líder do governo na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira 6, mesmo com líderes do Sintese ocupando as galerias, a esperança de obter uma reposta positiva do governo no tocante a uma agenda caio por terra. Ana conversou, hoje, com oUniverso e garantiu que os professores não jogaram a toalha. Acredita que o governador Marcelo Déda acabará recebendo do Sintese e viabilizando o piso para toda a categoria. 

Os professores persistem em tentar o diálogo com o governo, não jogam a toalha jamais...
Imagina se a gente vai desistir da conquista de um direito fundamental para o exercício profissional? Estamos aqui. 
A senhora tem esperança que essa conversa aconteça ainda esta semana?
Eu espero. O ideal seria amanhã. Quarta-feira eu vou estar em Brasília em um audiência para ver se tem alguma resposta positiva com relação aos rizicultores do bairro São Francisco, mas na quinta-feira, eu já estou aqui. Espero que, nessa semana ainda, o governador marque. 
O que está faltando?
Não sei. A Casa Legislativa é que tem que pedir. A direção da Casa é que pode resolver. Nós aprovamos aqui no último dia do primeiro período legislativo de 2012 uma comissão. Eu tenho o nome de 10 deputados, 50% da oposição e 50% da bancada do governo. Para conversar, dialogar com o governador no sentido de abrir as negociações do plano de carreira que vem sendo prejudicado. Acho que são dois poderes que têm que aprender a dialogar nos momentos difíceis também.
Essa queda de braço Sintese x Governo não acaba desgastando o grupo da situação?
O movimento sindical não pode abrir mão de sua pauta e do seu processo de reivindicação por causa de um momento político. A política sindical é permanente. A política partidária é exercício da cidadania: tem períodos. O trabalhador tem uma pauta, tem que estar o tempo todo em luta para melhorar sua condição de via e de trabalho. Portanto, é uma pauta permanente e cabe a cada um avaliar, principalmente quem está no exercício do Poder.
É possível separar as coisas (PT sindicato e PT governo)?
Quando foi que a gente misturou? Os nossos adversários, principalmente os ideológicos, são que tentam juntar, e aí a gente fica vendo as contradições, como eles juntam. Nós nunca juntamos, e um princípio muito claro é a autonomia sindical. Esse é um princípio que a CUT estabeleceu desde a sua fundação, e aqui o nosso agrupamento (Articulação de Esquerda) é majoritário na CUT, e mesmo aqueles que não são majoritários mantêm esse princípio. Todos os companheiros da CUT mantêm esse princípio.

Se houve mudança ideológica não foi dos que fazem a Articulação de Esquerda...
Não foi do lado sindical, não. Se for ver, têm sindicatos filiados à CUT na área do servidor público que mantêm essa autonomia e não é do nosso agrupamento. É do agrupamento do governador e mantêm autonomia. Está em greve, agora, na área federal, e ficam assustados com essa vontade de o trabalhador fique de acordo com quem está na gestão do governo. Isso não é democrático, não é republicano e, portanto, a gente continua na luta, na organização e na consolidação do princípio de autonomia sindical.

Da redação Universo Político.com

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