“MEDO DE AMORIM É QUE GOVERNO USE DINHEIRO DO PROINVESTE NAS ELEIÇÕES”

Deputado demista diz que grupo liderado pelos Amorim pratica "política miúda, preocupado não com a administração, mas sim se os governistas utilizarão o dinheiro nas eleições", o que prejudicaria o projeto de fazer o senador Eduardo Amorim governador em 2014; Mendonça diz que não crê em uso eleitoreiro do programa e afirma que deputados estaduais deverão ser sensatos e aprovar o empréstimo.

Sergipe 247 – Conhecido por suas declarações polêmicas e pela sua crítica incisiva aos irmãos Edivan e Eduardo Amorim, o deputado federal Mendonça Prado (DEM) voltou a atacar os dois líderes da oposição, nesta segunda-feira (18), em entrevista ao programa Jornal da Manhã, na Jovem Pan Aracaju.

Ao comentar a celeuma criada em torno do empréstimo de R$ 727 milhões do Proinveste, o parlamentar disse que “o grupo liderado pelos Amorim se preocupa com uma política miúda e teme que o governador Marcelo Déda aplique o dinheiro do programa na campanha eleitoral de 2014”. E foi ainda mais agressivo: “Eles não estão preocupados com a administração, mas sim se os governistas utilizarão o dinheiro nas eleições”, o que poderia prejudicar o projeto de fazer do senador Eduardo Amorim (PSC) o sucessor de Déda.

Mendonça diz que não vê possibilidade de uso eleitoreiro do tema. “Déda, que é o governador no momento em que o programa está sendo discutido, não será candidato. Ele deverá ter candidato, mas o que será colocado em pauta no momento da campanha são outras propostas, até porque todos nós abraçamos o projeto, porque somos sergipanos e queremos o melhor para o desenvolvimento do Estado. Se algum candidato disser que o Proinveste é de um único grupo, nós mostraremos que apoiamos também o empréstimo”, argumenta.

Defensor do projeto desde o início das discussões em torno do empréstimo, o deputado, mesmo sendo de oposição, ressalta que, “por uma questão de sensatez, os deputados devem aprovar o programa”. Para ele, os recursos servirão para investimentos em infraestrutura, que “valorizarão o território sergipano, o que atrairá novos investimentos para o Estado”.

“Torci muito desde o início para que houvesse um encaminhamento positivo para o projeto. Creio que os entendimentos políticos caminham para aprovação. Precisamos evoluir politicamente e separar questões político-partidárias das administrativas. Devemos ter essa visão maior”, reforçou, ao frisar que a sua defesa ao Proinveste não significa alinhamento ao Governo.