sábado, 9 de fevereiro de 2013

“É lamentável que Aracaju seja a pior capital do Brasil em relação à Educação”


Declaração é do prefeito João Alves, que promete acabar com “apartheid educacional”

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“É lamentável que Aracaju seja a pior capital do Brasil em relação à Educação”

Preocupado com a atual situação da qualidade de ensino de Aracaju, o prefeito João Alves Filho (DEM) disse estar satisfeito com a aprovação na Câmera Municipal da reforma o Plano de Gestão Democrática da Educação. O novo projeto modifica a forma de gerir o Plano que estava há 25 anos atuando, e que resultou no pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do país em relação à outras capitais.

João Alves esclareceu que a nova formatação do Plano de Gestão é necessária e tem como principal objetivo, gratificar os diretores pelo desempenho e ajudá-los na forma de administrar as escolas com cursos de gestão, que serão ofertados pela Prefeitura de Aracaju sem ônus aos funcionários. "Estou nessa luta porque entendo que juntos podemos fazer um trabalho de aperfeiçoamento da nossa capital. É lamentável que Aracaju hoje seja a pior capital do Brasil em relação a Educação. Temos que investir em qualidade de ensino", disse o prefeito destacando que o 16 mil alunos que concluíram o ensino médio em 2003, apenas 25 foram aprovados no vestibular. "Fiquei assombrado com esses números e apresentei uma meta a secretária de Educação. Em 4 anos teremos o melhor índice do SAED (Sistema de Avaliação da Educação Básica) do Brasil", disse.

João Alves destacou sobre sua experiência ao visitar países da Ásia, que eram locais pobres, mas que estavam despontando mundialmente. "Percebi que países que eram desprovidos de riquezas naturais e que tinham modelos econômicos e políticos diferentes, estavam sendo considerados emergentes. Analisei os aspectos e pude perceber que esse diferencial era o investimento em qualidade de ensino. Essa postura fez com que hoje a Coreia despontasse em primeiro lugar no PISA [Programme for International Student Assessment (Programa Internacional de Avaliação de Alunos)]", relembrou o prefeito, informando que os EUA estão em 24º lugar no ranking e que o presidente Obama está preocupado com essa situação.

"O futuro do mundo é o investimento em qualidade de ensino. Não quero mais que os nossos alunos façam parte da base na pirâmide. O Brasil não será considerado Primeiro Mundo, caso  continue com o nível da escola pública terrível. Do jeito em que se encontra, para os nossos jovens que saem a escola pública a base da pirâmide social. Temos que acabar esse "apartheid educacional". Isso é uma vergonha que não podemos admitir que aconteça com a nossa querida Aracaju", disse o prefeito, explicando que trouxe o modelo educacional de Minas Gerais para ser implantado. "Não tenho nenhuma vergonha de copiar bons exemplos. Fomos procurar exemplos de sucesso como o de Minas Gerais, porque ao contrário da nossa querida Aracaju tem a melhor qualidade de ensino, tem melhor IDEB".

A respeito do Plano de Gestão Democrática que foi aprovado na Câmara, o prefeito agradeceu a consciência dos vereadores. "Queremos prestar uma homenagem aos amigos vereadores que sofreram pressões e até mesmo agressões da oposição para que essa reforma não fosse aprovada. Respeito a oposição, pois sem ela não haveria democracia. A vitória não é minha, são das crianças e dos jovens que estudam em escola pública em nossa capital".

Novo Plano de Gestão Democrática

A secretária municipal de Educação, Márcia Valéria, esteve durante todo o dia de votação na Assembléia Legislativa, elucidando dúvidas que existiram por parte dos vereadores.

De acordo com a secretária, os padrões da Gestão Democrática foram superados e não atingiram as metas que pretendiam. "Naturalmente que o legislador há anos atrás, quando aprovou essa lei, queria que a escola pública do município melhorasse seu déficit. Mas isso não aconteceu. Sambemos que a Gestão Democrática da escola tem entre outros fatores, a eleição direta para seus diretores. Mas não necessariamente estão alinhadas com o Plano. Nunca deixamos de ter democracia dentro das escolas, havendo eleições diretas ou não", afirma.

O novo modelo da Gestão Democrática pretende qualificar os professores através de cursos de capacitação para que ele esteja habilitado a ser gestor da escola. A eleição para diretor será feita através de votação pelo conselho da escola. Este conselho será escolhido pela comunidade e terá um representante em cada segmento. O diretor será membro nato. "No Plano anterior 23 pessoas faziam parte do conselho, o que dificultava até mesmo a deliberação de investimentos, pois essa quantidade de pessoas muitas vezes não conseguia se reunir a cada dois meses, como manda a legislação. Reduziremos esse número para seis  representantes de categorias diferentes, incluindo uma criança com 14 anos ou mais. Cada representante do conselho se reunirá com a classe que representa e levará ao conselho a opinião do coletivo", explicou Márcia Valéria.

Fonte: Universo Politico 

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