domingo, 8 de abril de 2012

Uso de anabolizante leva soldado do Tiro de Guerra de Penedo para hospitais


Divulgação
Atirador do TG de Penedo foi parar no hospital por causa de anabolizantes
Um jovem integrado ao serviço militar no Tiro de Guerra de Penedo decidiu que poderia fortalecer os músculos tomando “bombas”, mas o uso de anabolizantes o levou para hospitais de Alagos e de Sergipe. O caso do soldado que teve a identidade preservada foi revelado pelo Chefe de Instrução do TG 07 008, Tenente Aldori Junker.
Com objetivo de alertar para os riscos provocados à saúde por conta do uso de anabolizantes, danos comprovados inclusive em atletas ‘turbinados’ pelo doping para conquistar vitórias e quebrar recordes, o responsável pelo Tiro de Guerra de Penedo enviou e-mail para a redação do portal Aqui Acontece.
“Divulgamos para que o cidadão ou o militar que queira resultado rápido em sua forma física não siga o procedimento de procurar substâncias ou meios que vão contra a natureza humana”, argumenta o oficial do Exército brasileiro na mensagem eletrônica.
O Tenente Junker acrescenta ainda que decidiu divulgar o caso porque soube de “casos em que a pessoa perdeu um membro do corpo ou até mesmo a própria vida”. O atirador do TG de Penedo recupera-se em sua casa, mas poderia estar mutilado ou em óbito. Apesar de praticar atividades físicas regulares no Exército, o jovem pagou R$ 25 por uma “bomba”, dose de anabolizante para fortalecimento da musculatura de animais, especialmente cavalos.
A aplicação ocorrida no dia 29 de março em local não informado tirou o soldado do combate. As dores no braço esquerdo, especificamente à altura do ombro, fizeram o atirador faltar as instruções. Comunicado pelo comando sobre a necessidade de retornar ao TG 07 008, sob pena de desligamento do serviço militar, o atirador compareceu ao quartel e revelou o motivo de sua ausência.
Ao ser cumprimentado por um colega de farda que bateu no local da aplicação da bomba, o soldado não suportou a dor e caiu no chão. Encaminhado para a Unidade de Emergência de Penedo, o atirador recebeu atendimento e alta médica. Contudo, dois dias depois foi novamente levado para o mesmo pronto-socorro “pois tinha piorado, sentindo muita dor e dificuldade nos movimentos do braço e ombro afetado”, informa o Tenente Junker em seu relato.
Autorizado por seus superiores, o chefe de instrução do TG de Penedo transferiu o atirador da Unidade de Emergência de Penedo para o Hospital João Alves Filho, localizado em Aracaju-SE. A inflamação no ombro esquerdo do paciente havia piorado e mesmo sob efeito de anestesia, a retirada de toda a secreção foi bastante dolorida.
Confira o relato do procedimento médico, conforme descrito pelo Tenente Junker
“Antes mesmo de fazer o corte necessário, o médico pegou uma seringa com um tipo de agulha diferente e sugou cerca de 3 ml de pus da área afetada. Após isto, pegou um alicate de ponta e com um bisturi com lâmina de três centímetros começou a cortar na altura do ombro na lateral do braço, aproximadamente no local onde se toma injeção. Pelo que notei, a inflamação deve ocorrer muito próximo ao osso pois só depois do médico inserir a lâmina várias vezes e cada vez mais profundo, o pus começou a sair como um jato. Ao todo deve ter saído entre meio a um litro de secreção branca, misturada com sangue.
Ao começar sair a inflamação, o odor era quase insuportável, cheiro de podre mesmo, e por várias vezes ele teve novamente que usar a lâmina para abrir mais o buraco feito no braço, ao mesmo tempo em que pressionava a parte inchada para que a inflamação saísse. Após isto, o médico pegou uma luva nova, cortou um pedaço dela e introduziu no buraco aberto no braço, deu um ponto para firmar o dreno e pediu para que a enfermeira fizesse o curativo”.
Após dois dias de internação hospitalar na capital sergipana, o paciente recebeu alta do hospital cujo quadro de superlotação não é diferente do Hospital Geral do Estado (HGE), unidade similar ao Hospital João Alves Filho. O retorno do atirador ao serviço militar deve acontecer nesta segunda-feira, 09 de abril.

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