sábado, 24 de março de 2012

Piscicultores de Sergipe produzem mais de 400 toneladas de peixes

Mais de cinquenta famílias se dedicam à produção de peixes no Estado. Os peixes são levados vivos em tanques para feiras onde são vendidos.


Criação de peixes garante renda para várias famílias (Foto: Divulgação/Cohidro)
piscicultores de Sergipe produziram e comercializaram 422 toneladas de peixes de espécies variadas, como a tilápia, o tambaqui e o peixe conhecido popularmente como xira. A produção é fruto de um projeto desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Seagri), e tem a participação de 58 famílias em seis municípios sergipanos.
De acordo com o engenheiro agrônomo e gerente de Aquicultura e Pesca da Cohidro, Francisco Farias, a iniciativa visa dar apoio aos pequenos criadores proporcionando geração de renda. “Há 14 anos temos apoiado o desenvolvimento da piscicultura no interior do Estado, prestando assistência técnica aos pequenos produtores e oferecendo novas tecnologias através de cursos, palestras, treinamentos e reuniões. A empresa também acompanha e orienta as associações de criadores na comercialização de sua produção, seja em feiras livres, supermercados, ou através da venda direta para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)”, destaca.
A criação de peixes pode acontecer em viveiros escavados, como no povoado Colônia 8, no município de Neópolis, onde 29 famílias se dedicam à atividade. Mas o mais comum é a produção em tanques-rede, espécies de gaiolas que ficam mergulhadas no lagos formados pelas barragens. Neste último cenário, ganha destaque o povoado Serra das Minas, em Campo do Brito, onde o Governo do Estado, através da Cohidro, mantém uma unidade modelo do projeto.
No local, é possível acompanhar todo o processo de criação dos peixes. Localizado na barragem Poção da Ribeira, o projeto de produção de tilápias da Associação de Criadores de Peixes da Barragem de Campo do Brito revela, de forma prática, a viabilidade da piscicultura racional. São 12 famílias de trabalhadores rurais integrando a associação, todas residentes no povoado.
Experiência 

Além dos bons números atingidos na produção, outro aspecto interessante do projeto é a comercialização que promove uma experiência diferente aos consumidores, que podem escolher os peixes ainda vivos. Eles são levados para as feiras livres em tanques e após feita a escolha, o peixe então é descamado, pesado e preparado para o consumo. “Essa realidade acontece na feira livre de Itabaiana e é um sucesso. Quem realiza é uma associação de produtores do município de Areia Branca, a Acripa. É uma forma de cativar a clientela”, diz Farias.

Perspectivas

Além dos seis grupos de famílias atendidas e em plena produção, outros devem ser beneficiados ainda este ano com a implantação de novos projetos. “Existem projetos em análise e em fase de liberação de recursos. Com a aprovação, outras 42 famílias serão beneficiadas ainda este ano, e a produção deve se aproximar das 700 toneladas”, prevê Farias.

O presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, parabenizou a todos os envolvidos no projeto de piscicultura. “Essa é uma luta de 14 anos do nosso agrônomo Farias. Parabenizo não só a ele, mas a todos aqueles que se dedicam a esta atividade. Fico impressionado com a forma como eles trabalham e também com a visão de comercialização”, destaca Bodano.
Fonte: G1

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