quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS

   Até agora os 3 erres são apresentados como a estratégia mais completa para minimizar os problemas que o lixo causa, mas é preciso explorar também o tratamento que deve ser dado aos materiais que não podem ser reaproveitados nem reciclados, ou seja, o que realmente é lixo.
LIXÃO
Existem muitas maneiras de se tratar o nosso lixo, mas infelizmente a mais usada é justamente a pior: lixões. Se você não conhece um lixão, sorte sua, porque é um lugar bastante desagradável.
Os depósitos de lixo a céu aberto, popularmente conhecidos como vazadouros, lixeiras ou lixões, são áreas geralmente localizadas nas periferias pobres das cidades. Os caminhões de lixo depositam o seu conteúdo nestes locais sem o menor cuidado, muitas vezes a beira de rios, lagoas ou do mar. Ali o lixo pode feder, atrair insetos e ratos sem incomodar a maior parte da população. Quando as cidades crescem as casas começam a ser construídas mais próximas destas áreas e o prejuízo à saúde se torna mais evidente.
ATERRO CONTROLADO
O meio ambiente já sofre desde o início, como vimos acima, mas para tentar amenizar os depósitos a céu aberto foi criada a categoria de aterro controlado. Neste sistema, há uma contenção do lixo que, depois de lançado no depósito, é coberto por uma camada de terra. Esta forma de disposição minimiza o mau cheiro e o impacto visual, porém, não dispõe de impermeabilização de base (contaminando o solo e o lençol d’água) nem de sistema de tratamento do chorume ou do biogás. Na verdade, a nomenclatura mais adequada seria “lixão controlado”.
INCINERAÇÃO
A incineração só é uma opção quando o processo tem garantias de que não irá poluir o ar, confirmando-se bastante cara e, portanto só economicamente viável para alguns tipos de resíduos dos serviços de saúde. Além disso há o tratamento térmico feito por uma máquina que tritura e submete o lixo infectante a altas temperaturas tornando o lixo inerte, ou seja, que não é mais infectante e que pode ser armazenado no aterro sanitário com os demais resíduos sólidos.
ATERRO SANITÁRIO
O aterro sanitário é a única opção aceitável para o que realmente é lixo, ou seja, resíduos que não podem ser reaproveitados, nem reciclados. Pela atual cultura de nossa sociedade estes aterros sanitários recebem inadequadamente resíduos reaproveitáveis e recicláveis. Esta realidade determina que os aterros tenham a sua vida útil reduzida, tornando necessária a construção de um novo aterro em menos tempo. Neste caso o problema é a enorme demanda de recursos para um empreendimento de engenharia que é oneroso e ocupa grandes espaços.
O diferencial do aterro sanitário é a responsabilidade com que se trata o lixo a ser armazenado num local. Desde a escolha da área, até a preparação do terreno, operação, determinação de vida útil e recuperação da área após o seu encerramento, tudo é pensado, preparado e operado de maneira racional para evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente.
O terreno de um aterro sanitário é impermeabilizado para evitar que o chorume contamine o solo e o lençol freático, além de ter um sistema de captação deste líquido para posterior tratamento. O lixo é compactado e recoberto periodicamente com uma camada de terra para evitar o mau cheiro e para não atrair vetores de doenças. Não há catadores em atividade no terreno e a quantidade de resíduos que entra é controlada. Há um sistema de captação e armazenamento ou queima do gás metano resultante da decomposição da matéria orgânica. Ao final da vida útil a empresa que opera é responsável por efetuar um plano de recuperação do terreno.

CORTE ESQUEMÁTICO DO ATERRO SANITÁRIO DE NOVA IGUAÇU - RJ 







Fonte: Cyro Eyer – Qualidade Ambienta

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