terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Caso de abuso sexual por Padre envergonha a cidade de Nossa Senhora da Glória: a terra do Padre Leon Gregório

Padre Mário Gonzaga Lima

Canindé de São Francisco/SE – Padre Márcio Gonzaga de Lima é acusado de estupro a vulnerável, a polícia abre inquérito investigativo a Igreja o afasta e a sociedade se pergunta: “Em quem acreditar? Artigo informativo e comentado.
Adeval Marques



D. Mário Sivieri
É difícil falar de uma situação que envergonha a sociedade porque os acusados, em tese, são os que deveriam ensinar ou transmitir valores para a sociedade e por, ocuparem cargos de reputação nas instituições em que o cidadão mais acredita ou respeita, cometem o inesperado . Essas instituições em que já foram percebidos situações iguais a essas são bem divulgadas na mídia como podemos relatar entre elas estão a Escola por professores ou outros, na instituição da Polícia por Policial, na Justiça em casos que envoveram-se Juízes e  na Igreja por Padres e Bispos como vamos ver adiante. A grande pergunta é: Em quem acreditar? 

Há poucos dias relatou-se a morte de uma criança vítima de abusos e maus tratos por um Policial Militar, 36, da corporação da Polícia de Sergipe que vitimou a pequena criança de apenas um ano e seis meses. Agora, outro fato chama a atenção para a mesma situação na cidade interiorana do Estado de Sergipe de nome Nossa Senhora da Glória tendo um Padre que abusava sexualmente de um garoto de 12 anos como o principal protagonista da cena. É uma vergonha e fato lamentável de se ver acontecer. 

Para o Delegado de Polícia, Antônio Francisco de Oliveira, os indícios são fortes pela riqueza de detalhes relatados pelo garoto e portanto concluiu o inquérito remetendo-o à justiça que decidirá sobre o fato. O Bispo Dom Mário Rino Sivieri que atua na Diocese de Propriá declarou-se “surpreso com os desdobramentos e afirmou ser a primeira vez que convive com fatos desta natureza”. Ainda segundo Dom Mário Sivieri o Padre Márcio Gonzaga de Lima está em retiro afastado de exercer função em qualquer cargo da Igreja no mundo onde acha que, quanto mais ele ficar em silêncio, será a melhor alternativa”, ou seja, se enrolara menos no falar. Entre atitudes, posturas e orientações a sociedade fica apática e imobilizada sentindo-se, em suas crianças, vulneráveis diante da repetência da cena se um tratamento diferenciado for dado para o Padre pedófilo. 

Tem um fato, também recente em certo lugar, em que a justiça foi ágil e sobre o qual o violador não tinha os mesmos “protetores” para dar-lhe “uma mãozinha” e assim ganhar tempo para ser julgado já em regime de cárcere que é o que preconiza a Lei diante da comprovação dos fatos como é o caso do Padre que já teve a resposta de avaliação do Delegado. Vemos então que existe dos pesos e duas medidas ou então o tratamento para, vamos dizer, um público diferenciado de parte da sociedade. 

A situação faz o cidadão ficar indignado porque poderia ser com o filho de qualquer um, ou será que o garoto foi escolhido pelas condição social ou financeira já que os mais pobres são as maiores vítimas de todos os tipos de situação atroz em nosso País como mostram estimativas dos governos e instituições de Direitos Humanos? Proibir de exercer a função soa, para mim, como a abertura de um parêntese em dizer que “só isso, por si só, já é um castigo suficiente”. É uma lacuna que vejo na frase de Dom Mário  Sivieri e da qual acredito estar enganado. Mais além Dom Mário relata que “solicitará instruções da Santa Sé, em Roma, na Itália, para identificar os procedimentos que devem ser adotados, além do afastamento do padre acusado.” Percebemos que nesse ponto existe toda a responsabilidade em fazer valer a justiça que iguala todos os pedófilos independente do seu grau de instrução, posição social, profissional e da imagem institucional a que  "esses" tipos estejam a serviço. 

Em um artigo que li recentemente diz “Em uma entrevista recente para a publicação National Catholic Register, o padre Benedict Groeschel, membro dos conservadores Frades Franciscanos da Renovação, disse que em alguns casos de abusos sexuais envolvendo padres os adolescentes agem como sedutores.” Observe a infelicidade do Padre em tal afirmativa. 

Veja o que o WikPedia diz neste artigo intitulado de “Abuso sexual de menores por membros da Igreja Católica”. 

Já em outro artigo da BBC de Londres diz: “Um dos cardeais americanos que estão em Roma discutindo o escândalo dos padres acusados de pedofilia disse que o encontro está próximo de um consenso para a adoção de uma política de "tolerância zero.” 
Link: 

Depois dos dados acima a serem consultados voltando para o assunto em questão onde podemos dizer que o abuso cometido por alguns Padres e Bispos pelo mundo é motivo de preocupação. Os fatos foram denunciados, viraram processos, é notícia atual, envergonhou a Santa Sé, foram movidas indenizações milionárias, Igrejas decretaram falência, a sociedade perde o respeito na instituição de Pedro “O Pescador de Almas” e do homem, considerado como o maior Papa de todos os tempo, João Paulo II que pediu perdão por inúmeras falhas da Igreja inclusive essa que mancha de vergonha a milenar Casa dos Apóstolos representantes de Jesus Cristo que também se declarou um dos primeiros líderes dos Direitos Humanos quando está escrito em Mateus 19:13-15: “Depois trouxeram crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas. Mas os discípulos os repreendiam. Então disse Jesus: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”. Depois de lhes impor as mãos, partiu dali. – Mateus 19:13-15”. A controvérsia se dá na parte do texto onde Jesus diz (interpretação) “...aos que são semelhantes a elas”. 

O que ninguém esperava é que tal fato, visto e tão divulgado nos noticiários de tv e internet, jornais e outros meios de comunicação, agora acontecesse na pacata cidade do interior chamada de Nossa Senhora da Glória, justamente pelo substituto do Padre Leon Gregório que foi homem devotando em sua vida a favor dos mais humildes, da construção e proteção social daquele povo e lá está sepultado com todas as honras e reconhecimento do povo e da causa cristão. A vergonha é tão grande que, conversando com certa figura local, disse que “toda cidade está em silêncio e de certa forma constrangida por ver esse acontecimento se acontecer entre eles...” 

O Padre Mário Gonzaga de Lima se declara inocente das acusações já que as denúncias foram feitas de forma anônima através do Disque Denúncia 100 do Ministério da Justiça. O Conselho Tutelar, Ministério Público Estadual e a Delegacia de Polícia fizeram o seu trabalho agora é esperar que a justiça haja de conformidade com a Lei e dê uma resposta à sociedade que a cada dia perde a crença nos homens e até nas instituições que devem agir no âmbito da proteção e das causas sociais. 

Nossa Senhora da Glória, a terra do Padre Leon Gregório, está envergonhada e aguarda uma resposta sem que incidam as “influências” já vistas em tantos casos iguais.

Link para o artigo de nossa autoria sobre outro caso na região: 

Título: “Policial de Sergipe que estuprou e matou criança: Em quem confiar? 


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