1º Colocado - Rústico Polido - Euvaldo Lima dos Reis (Kaippe) |
O vencedor foi Euvaldo Lima dos Reis, com o poema,
“Rústico Político”, faturou um prêmio de R$ 1200, o segundo lugar e o melhor
intérprete foi conquistado por João Carlos Gomes da Paixão, autor da poesia
“Cheiro de Lince: Labirinto” e ganhou um valor de R$ 1000. O terceiro lugar
ficou com João Ancelmo Aragão e a poesia Amor de Espera. O prêmio foi de R$
500.
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De acordo com o prefeito José Américo Lima, com a
realização da festa do Bom Jesus dos Navegantes e Encontro Cultural, Propriá
reassume o compromisso com a cultura popular do Estado. “Seja através das
apresentações artísticas e culturais ou deste concurso de poesia falada, esta
cidade é um celeiro de grandes mestres nas artes”, afirmou Américo.
3º Colocado - Amor de Espera José Ancelmo Aragão |
Ganhador do Celular, oferecido pelas Lojas Maias Magazine Luiza |
O diretor municipal de Cultura, José Alberto
Amorim, agradeceu ao prefeito José Américo e à equipe de trabalho empenhada na
realização do concurso de poesia falada Gumercindo Ferreira Batista. “O resgate
deste encontro representa o estímulo à produção poética, artística e cultural
nesta cidade e em todo o Estado. Por este motivo, é que neste momento quero
agradecer o empenho do prefeito José Américo Lima e à toda equipe da
Prefeitura, que se empenhou na realização deste concurso tão brilhante”,
acrescentou Amorim.
Esta foi a poesia vencedora;
Rústico Polido
Procurando
conceituar o meu pai
Percebi um
tesouro rústico polido
Alma límpida
de couro surrado
Horas cego,
horas mudo, vivido.
Revivi sua
ingenuidade impar
Hoje,
incomum em criança ou ancião.
Sua beleza
no cumprir das tarefas
Eternizando
a mudez da resignação
As asas que
davas aos velhos costumes,
O respeito à
sabedoria divina ou popular
A pureza
erguida no gesto de cada ação
Que minha
geração só houve falar.
A lisura no
exercício do seu oficio
Num tempo
difícil, cheio de prova
Onde palavra
tinha peso cartorial
E segredo se
levava para cova.
O sorriso
verdejante ao crepúsculo
Dava vida ao
seu jeito sem jeito de brincar
Há! E sua
toada como canção de ninar.
A
valorização as coisas do sertão
Seu jeito
único, sua ingenuidade
A
inquietação do olho de sua alma
Na dor da
dor da orfandade.
Um livro em
parábolas arcaicas
Algumas
ainda não entendidas,
Poesia
sublime, centelha divina,
Conceitos de
vida que meu deu vida.
Euvaldo Lima dos Reis (Kaippe)
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