quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Envio de PMs à Força Armada não agrada a corporação

Amese contesta envio e diz que cidade ficará desprotegida
"A segurança em Sergipe está defasada", salienta o sargento Edgard (Fotos: Arquivo Portal Infonet)
O deslocamento de 16 policiais militares estaduais, que foram enviados à Brasília para compor o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública, não agradou a corporação, que alega defasagem no efetivo. Os policiais convocados devem ficar por um ano na Força Nacional, onde passarão por treinamentos e representarão o Estado.
Para o sargento Edgard, presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), o envio de policiais para atuar na Força Nacional reduz o efetivo e deixa a sociedade descoberta.
“Essa é uma ação que reduz o efetivo no Estado. A situação aqui já está ruim, o efetivo já é pouco, e a cada dia tem policial ficando doente e se afastando das atividades, além dos policiais que se aposentam. Com isso, o efetivo vai diminuindo”, observa o presidente da Amese.
Edgard contesta ainda o fato de não haver concurso público para novos policiais. Para ele, a medida reduziria a criminalidade, que estaria assolando o Estado. “Eu sou policial, mas não ando armado. Minha família e toda a sociedade estão à mercê dos bandidos. Não dá para o efetivo de apenas 3 mil policiais dar conta de mais de 2 milhões de habitantes, porque muitos trabalham internamente. Contudo, se o policial consegue tirar férias ou ficar de folga, são apenas 600 homens para atender Sergipe. A segurança pública no estado fica defasada com esse deslocamento”, conclui.
"Esse deslocamento trará benefícios à Segurança Pública do estado", diz o capitão Charles
Entretanto, o assessor de comunicação da Polícia Militar de Sergipe, capitão Charles Vitor, rebate as críticas e salienta que a medida traz benefícios para Sergipe. Segundo ele, a ida dos profissionais para a Força Nacional beneficiará o Estado, uma vez que investimentos serão feitos na segurança pública, e também aos policiais convocados.  Ele explica ainda, que o efetivo disponibilizado para emprego na Força Nacional não trará prejuízos ao planejamento operacional da PM em Sergipe.
“O envio dos polícias não deixará a sociedade descoberta. A ausência desses profissionais é compensada pelos investimentos enviados a Sergipe, através desse plano operacional do Governo Federal. Essa prática é comum entre os Estados. Os investimentos são direcionados à tecnologia, compra de arma, dentre outros”, explicou Capitão Charles.
Uma assembleia entre os policiais militares deverá ocorrer na Amese em uma data que será agendada. Na ocasião os profissionais irão discutir sobre a questão do baixo efetivo no Estado.
Fonte: Infonet

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