Os 700 operários do município de Propriá cobram melhorias
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Trabalhadores tem uma pauta de reivindicação extensa (Fotos: Arquivo Portal Infonet) |
Os 700 trabalhadores das obras de duplicação da BR 101 no município de Propriá estão em greve por tempo indeterminado, alegando falta de respeito aos direitos trabalhistas, a Convenção Coletiva de Trabalho e os direitos humanos. Entre as reivindicações da categoria estão, alimentação, insalubridade, visita a família, ambulância, segurança e água potável.
De acordo com o presidente do Sindicato de Terraplanagem e Pavimentação (Sintepav), Albérico Queiroz, a pauta de reivindicações é muito vasta. “Além da alimentação, insalubridade, segurança, visita à família e ambulância, os trabalhadores lutam por água potável, alojamento, contracheque, horas extras, fardamento e folga no dia de pagamento. E contra assédio moral e desvio de função”, explica.
Albérico Queiroz disse ainda que o sindicato já solicitou a intermediação da Superintendência Regional do Trabalho (STR) e que na tarde desta quarta-feira, 18, esteve na sede do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) para fazer a entrega de um ofício.
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Albérico Queiroz: "Trabalhadores expostos ao assédio moral" |
“Isso porque o Dnit é a responsável pelas obras realizadas pelo consórcio Enza/Egesa [contratado pelo departamento]. Os direitos humanos estão sendo feridos pelo trabalho degradante. Os trabalhadores estão expostos ao assédio moral e constrangimento, numa analogia ao trabalho escravo. É bom lembrar aos responsáveis diretos e indiretos e co-responsáveis, que estamos falando de obras executadas com dinheiro público, que merecem atenção do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público Federal”, entende Albérico Queiroz.
Dnit
Na assessoria de Comunicação do Dnit, a informação é de que “já houve uma reunião com os trabalhadores junto ao Ministério Público e na ocasião foi pedido que os trabalhadores comprovassem as denúncias, mas até agora eles não se manifestaram”.
Para o Dnit, nem tudo que estão colocando é fato. “Eles querem é pleitear aumento de salário. Isso está se dando no país inteiro, mas o Dnit está aberto ao diálogo, já fez reuniões com esses trabalhadores. Já recebemos um documento do Sintepav, que será encaminhado ao superintendente e ao responsável pela obra, o engenheiro Gustavo de Filipo para que haja uma discussão em caráter de urgência”.
Por Aldaci de Souza
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