Eles cobram recebimento de horas extras da SSP
Delegadosde polícia sergipanos estiveram reunidos, na manhã desta segunda-feira, 23, emassembleia extraordinária, para discutir dois temas de extrema importância paraa categoria: a falta de pagamento de horas extras pelos plantões realizados nosfins de semana e feriados, e a ausência de transparência por parte daSecretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) sobre os rumos do Projeto deLei Orgânica da Polícia Civil, prestes a ser encaminhado à AssembleiaLegislativa de Sergipe (Alese).
"Há mais de dois meses, delegados, agentes e escrivães de polícia estão sem receberas horas extras em questão. E a notícia que recebemos foi a de que no próximo pagamento da categoria (que será efetuado na sexta-feira, 27), mais uma vez, o valorem atraso não será pago. Por essa razão, os delegados de polícia, presentes na assembleia desta segunda, decidiram paralisar as atividades dos fins de semana e feriadosaté que a situação se resolva", destacou Kássio Viana, presidente da Associaçãodos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol/SE). Viana acrescenta que, pelomesmo motivo, muitos agentes e escrivães de polícia já deixaram de compareceraos plantões.
Adelegada e secretária-geral da Adepol, Josefa Valéria Nascimento, reforçou quea decisão dos colegas foi unânime, passando a vigorar a partir do próximo fimde semana. "Vale destacar que há delegados com mais de 100 horas para receberna casa, e que até agora nada foi sinalizado nesse sentido. A categoria estáindignada com essa situação", ressalta Josefa Valéria.
Lei Orgânica da PC
Notocante à Lei Orgânica - discutida amplamente na comissão formada pelaSuperintendência da Polícia Civil e encaminhada posteriormente ao governador Marcelo Déda -, o delegado Kássio Viana informa que chegou ao conhecimento daAdepol a notícia de que o documento será totalmente modificado pela cúpula da SSP. "Já tentamos ter acesso, mas não conseguimos. Isso quer dizer que o projeto discutido democraticamente na Superintendência da PC agora está sendo discutidounilateralmente no Governo do Estado", lamenta Kássio Viana.
"Semana passada, estivemos reunidos com o secretario da Casa Civil, Jorge Alberto, e explicamosque precisávamos ter acesso à LO antes que fosse encaminhada à Alese. Ele disseque isso aconteceria, mas até agora não aconteceu. Em resumo: não sabemos mais nadaa respeito do conteúdo da Lei nem quando ela será encaminhada à Alese. Precisamosanalisar e opinar para saber se as alterações atendem aos interesses da PC",acrescenta o presidente da Adepol.
Sobreesse segundo ponto, discutido na assembleia desta segunda, a categoria chegou àconclusão de que vai se mobilizar para ter acesso ao projeto. Caso ele nãotraga avanços para a administração e para os seus servidores, de modo geral, osdelegados continuam dispostos a lutar para que seja mantido tudo o que foidiscutido na comissão da Superintendência da PC e encaminhado ao governador.
Por Alessandra Cavalcanti
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