terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pacientes do Caps de Propriá estão desassistidos


A denúncia é do vereador do município José Aelson dos Santos
(Foto: Arquivo Infonet)
Pacientes com problemas psicológicos vivem um drama no município de Propriá, segundo afirma o vereador do município, José Aelson Santos. De acordo com ele, há quase um mês o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) está fechado e os pacientes estão sem receber a devida assistência. O problema do fechamento da unidade se deu porque o local está sem médico psiquiatra para atender os pacientes e marcar as consultas e exames no município segundo afirma o vereador.
Cerca de 50 pacientes estão sem receber o atendimento necessário e a situação se agrava por conta da falta de medicamentos, que segundo José Aelson, estão em falta há mais de 40 dias. “São 17 medicamentos que estão em falta no município. É complicado porque são dezenas de pessoas que estão com o tratamento comprometido. São medicamentos de uso contínuo e que não tem previsão de quando voltará a ser ofertado pelo município já que a empresa que ganhou a licitação não entregou os medicamentos sendo agora necessário se realizar uma nova licitação”, pontua Aelson.
SMS
A Secretaria informa que todas as Unidades, sejam elas contratadas, conveniadas ou gerenciadas pela Secretaria Municipal da Saúde são monitoradas e acompanhadas pelos setores responsáveis desta Secretaria. No caso das residências terapêuticas, elas funcionam através de convênio.
O que são essas residências? São casas de apoio aos usuários da Rede de Atenção Psicossocial que perderam o vínculo familiar. O modelo faz parte do processo de desospitalização de pessoas com transtornos mentais. Estas residências não são serviços de saúde, mas espaços de habitação, que devem possibilitar à pessoa em sofrimento mental o retorno à vida social. As residências são espaços de reconstrução de laços sociais e afetivos para aqueles cujas vidas encontravam-se confinadas ao universo hospitalar. Reforçando, o objetivo é reinserir essas pessoas no convívio social de maneira humanizada. Por isso, a orientação é que essas residências sejam como qualquer outra residência, independentemente dos moradores terem ou não transtornos mentais.
Em visita realizada antes da transferência dos novos moradores, a coordenadora das residências terapêuticas esteve no local e avaliou que a casa atendia todas as exigências para as necessidades dos moradores, como número de quartos e área externa que acomodassem seis moradores. A casa em questão é adequada para as atividades às quais se destina. Os novos moradores passam a maior parte do dia em atividades nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e retornam à noite. Além dessa, Aracaju já tem outras três residências terapêuticas. Esse sistema contribui para tornar Aracaju referência nacional em Saúde Mental.

Fonte: Infonet

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