Caro leitor, estamos vivendo dias
de muitos acontecimentos, e estes acontecimentos de forma direta afeta a vida
de todos os sergipanos independente da sua classe social e étnica, é bem
verdade que possuímos culpa, mas não acredito que esta culpa seja na totalidade
minha e sua. Vivemos em comunidade, mas o principio norteador da comunidade não
habita em nós, logo o império do individualismo trava lutas diárias conosco,
ele busca seu lugar no sol, ele quer que sejamos pessoas egocêntricas, e nós
não sabemos mais responder as indagações do que vem a ser o papel do Pai, da
Mãe, ou mesmo o que é ser irmão. Sempre me fica engasgado, a ideia que perdemos
de vista o significado do que é ser comunidade. O que afinal é ser humano na
sua essência?. Não temos tido muito tempo para refletir sobre estas
perguntas, é verdade. Mas, será que o processo evolutivo da racionalidade e
sensibilidade do homem atrofiou?. Será que o egocentrismo realmente é chave para
um mundo igualitário? Eu na condição de filho sergipano estou cansado de ouvir
falar em violência em nosso Estado, não dá para continuar vendo homens de bem
ter a vida interrompida por falta de segurança em nosso estado, cadê “o novo”?
O marketing da ostentação ou o marketing da mentira, aí esta o significado do
novo “o caus”, o caus na saúde, na educação, na segurança pública, nas
finanças, na infra-estrutura e na interpretação e aplicabilidade dos direitos e
garantias fundamentais conforme destacado na constituição federal do
Brasil.
A pergunta é, onde querem chegar
com essa mentalidade de siri?
Porque criar divisões e
subdivisões das classes, se no fim o sistema comercial-econômico precisa de
todos para existir? Porque a própria natureza nos obriga a vivermos em
comunidades e sociedade? Se não somos diferentes, porque rotular pessoas?,
Porque não se sensibilizar com a dor dos outros?, Se não somos diferentes,
porque os ricos é quem desfruta dos melhores serviços para manutenção da vida?
E se formos realmente diferentes, porque não fazermos logo uma demarcação
territorial, onde cada grupo de posse da sua identidade formasse sua própria
comunidade e a ela fosse instituída as mesmas regras, onde sob nenhuma hipótese
uma comunidade deva se aproximar da outra, agora imagine como seria uma
comunidade formada só por bilionário, outra apenas com ricos, outra somente de
intelectuais teóricos, outra de magistrados, outra só para políticos e outra
para pobres, lembresse apenas que para todas as comunidades as mesmas leis, as
mesmas sementes e as mesmas ferramentas onde cada uma deva edificar seus
sonhos. Será que algum dos grupos deixaria de existir?. Afinal como foi dito
anteriormente à própria natureza constituiu o homem e a mulher com a mesma
anatomia setorial e sistemática, logo qualquer diferença imposta por uma mente
é meramente falta de senso com o tempo que lhe é propiciado. E assim penso que
se justiça significar o respeito e a igualdade entre todos os cidadãos, e se,
seu objetivo for manter a ordem social por meio da interpretação e
aplicabilidade das leis, porque a preservação da vida e as garantias dos homens
ainda não lhes pertencem? Não sei se você já parou para avaliar o quão
está difícil viver ou sobreviver a cada dia, devido à ingenuidade ou maldade
dos que nos governam, na verdade a cada dia alguns jovens deixam de ser jovens
para se tornarem zumbis duma sociedade necrótica e desumana, onde a
racionalidade e o amor se conquistam num tragar de fumaças. E o pior é que seu
filho pode ser o próximo zumbir a causar dor, sofrimento ou delito para ter um
sonho que nunca lhes pertenceu. E derrepente você seja obrigado(a) a fazer uso
dum direito que fora elaborado para protegem bandidos. Porque a
racionalidade humana não foi capaz de criar uma entidade para proteger os
homens. Talvez haja tempo, talvez não haja tempo para libertar e evoluir o
homem dos seus piores sentimentos, talvez seja à hora de incentivar a policia
federal a agir em defesa da vida, da dignidade, da ética, dos desejos e dos
sonhos dos homens de bem. Talvez não seja à hora de confiar em discursos que
estão sendo elaborados para 2014, talvez seja o momento de querer ter seres
humanos nos representando ao invés de gafanhotos famintos em meio as lavouras.
Agora, agora não é hora de talvez, agora é hora de pensar em evoluir, agora é o
momento de banir a corrupção, agora é hora de lavar o rosto para limpar o
sangue de tantos inocentes que foram embora sem ao menos ter tido tempo de
dizer até logo.
Será que a justiça social só
existirá se a sociedade tiver que usar as próprias mãos, para dar a sentença
final? Pense nisso, e lute para conquistar um lar, uma cidade e um estado de
Paz.
Cordialmente,
Propriá/SE;
30.10.2013